25 agosto 2009
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Teorias sobre educação.
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Um dia, ao almoço, uma colega, que tem dois filhos pequenos, pediu-me a opinião sobre as teorias que se publicam por aí e que alguns pais seguem criteriosamente. Referiu, ainda, que tem verificado que os menos presentes são os que tecem mais teorias, porque, segundo ela, e eu concordo plenamente, são os que não vêem os efeitos das mesmas nos seus filhos. Obrigam os outros a cumprir o que entendem ser o mais correcto, muitas vezes por capricho ou ignorância, porém não observam as consequências que isso tem nos seus próprios filhos. Uma teoria pode ser eficaz no meu filho e ser inadequada no filho da minha vizinha!
Eu disse-lhe que, embora leia muito sobre educação e formação de crianças, jovens e até adultos, uma vez que me interesso pelo assunto e cujo tema está relacionado com a minha profissão, a verdade é que não sigo “à letra” tudo o que leio, tento adaptar essas teorias ao meu filho e às pessoas com quem me relaciono. A minha experiência social e profissional permite-me afirmar que seguir estereótipos leva-nos à anulação de saber ser, saber fazer e saber estar. As teorias devem servir como referências cuja praticabilidade é falível, ou não.
Sempre afirmei que nunca usaria a repreensão física no meu filho, que tentaria educá-lo, recorrendo à conversa e ao “castigo” inócuo, mas a verdade é que tenho de lhe sacudir a areia do rabiosque algumas vezes! Ainda não vi ninguém que não tivesse já mordido a língua após ter proferido uma teoria sobre educação! Eu já mordi!
Tento ser a melhor mãe do mundo, tento formar um indivíduo respeitado e respeitador, porém reconheço as minhas falhas. Sou uma mãe, com 39 anos, de um menino de três que foi muito desejado… claro que falho, por excesso! Respeito as teorias, somos todos grandes teóricos, mas não me deixo conduzir obsessivamente por elas e por comparações infundadas.
Rabiscado por Gabriela as 4:01 PM
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