07 abril 2010
|
Ora esta!
|
Ontem, quando me estava a vestir, verifiquei que tinha uma moeda de 5 cêntimos no bolso das calças, tirei-a e coloquei-a em cima da cómoda para, depois, pô-la no mealheiro do meu filho.
O Ricardo já estava vestido e deambulava pelo meu quarto, assim que viu a moeda, quis ficar com ela. Disse-lhe para não mexer na moeda, porque queria pô-la no mealheiro dele. Ele reagiu à minha intenção e disse-me que queria dar o dinheiro à Manela, a auxiliar da sala dele. Expliquei-lhe que era pouco dinheiro, que não fazia sentido e que a Manela não queria o dinheiro dele. Então, fez questão de me explicar por que razão lha queria dar. Segundo o meu filho, ele foi o único que não presenteou a educadora e a auxiliar com amêndoas ou flores, então a moeda era ideal para colmatar esta falha dele e minha. Acham normal?
Levou a moeda, deu-a à auxiliar e obrigou-me a explicar-lhe o objectivo desta tão grande dádiva! Justifiquei-me com o facto de ter estado doente e de não ter comprado amêndoas para ninguém. Ela recebeu o "presente", agradeceu-lhe e beijou-o. O meu filho estava realizado, feliz! Claro que a senhora me devolveu a moeda, mas vi que tinha ficado emocionada com o gesto.
Eu, aqui para nós, fiquei a reflectir por que motivo ele excluiu a educadora, pois não me pediu uma moeda para lhe dar.
Hoje, entre uma aula e outra, vou sair para ir comprar uma flor em vaso para cada uma, até porque já não faz sentido comprar-lhes amêndoas, devolvo a alegria ao meu filho e fico de consciência tranquila. Confesso que não concordo com esta postura economicista e consumista com que as pessoas vivem determinadas épocas, mas não quero que o meu filho se sinta ou seja excluído.Marcadores: Desenvolvimento, Páscoa
Rabiscado por Gabriela as 11:13 AM
|
|