19 junho 2006
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O Parto.
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A pedido de várias famÃlias, aqui vai o relato do dia mais feliz da minha vida. Como sabem, voltei a ficar internada, dia 7, porque o Ãndice do lÃquido amniótico mantinha-se em valores baixos e o bebé não estava a ganhar peso. Em 15 dias, o meu filho não aumentou um grama! Segundo a médica, que me acompanhou nas ecos e que estava de banco no dia do internamento, o Ricardo já não estava a fazer nada dentro da barriga da mamã e expôs o meu caso à equipa de serviço à obstretrÃcia, a qual concordou e dicidiu, no dia 8, provocar-me o parto. Por volta das 10h vieram rapar-me, embora eu tivesse a depilação feita, não era total como é pretendido. Arrumei as minhas coisinhas na mala, fiz os telefonemas da praxe e tentei acalmar-me sempre com a bela ideia que ia conhecer o meu filhote nesse dia. Às 11h, mais ou menos, colocaram-me a soro e nele injectaram um lÃquido para acelerar o parto. Até à s 14h não senti dores. Contudo a equipa médica aproximou-se de mim para realizarem o primeiro toque e colocaram dois comprimidinhos para fazer a dilatação. A dor foi horrÃvel! Começam, pouco depois, as contracções, que foram aumentando progressivamente. Às 15.30, já com o maridinho junto de mim, as contracções surgiam fortes de 3 em 3 minutos. Às 17.30 as contracções eram imensas e muito dolorosos e passaram a vir de minuto a minuto. Pedi a epidural, mas após mais um toque a médica disse que não podia ser, pois ainda só tinha 2 dedos de dilatação. Não queria acreditar!!! O marido já não podia tocar-me na pele que era pior. Vi o sofrimento na cara dele, porém nada podia fazer. Tinhamo-nos que aguentar à bronca. Ele teve que sair para novo toque e nova análise. Já tinha 3 dedos de dilatação. Chamaram a anestesista para me dar a epidural, mas ela tardou em vir. Neste momento, eu já estava prestes a perder o controlo, dei em tremer como varas verdes e a perder as forças. Levo a epidural passavam alguns minutos das nove. Foi uma maravilha! Não dói absolutamnete nada e ficamos bem relaxadas. Após pouco mais de meia hora, as contracções voltaram, desta vez não nos rins, ou ovários, mas pélvicas. Eu só dizia: "Isto não é normal!" Ninguém acreditava que eu já pudesse estar de novo com dores e deixaram-me estar. Até que uma das médicas quis ver-me e, ao fazer o toque, gritou para o corredor : Oh, minhas senhoras, quero a sala de partos pronta já, porque esta senhora está a parir aqui!!!" Pediu-me para fazer um pouco de força e a cabeça do meu tesouro estava pronta a sair. Fui a pé para a sala de partos, sempre a tentar não fazer força, embora me apetecesse muitooooo, deitaram-me na marquesa e fiz 3 vezes força para o meu menino lindo nascer. Não custou nadinha. Atrás veio a placenta sem sequer ser necessário fazerem pressão no meu abdómen. O meu bebé foi-me colocado no peito todo branquinho e ensaguentado e eu chorei muito. Comigo choraram enfermeiras e a médica que assistiram ao parto. O meu marido entrou, beijou-me e foi para perto do NOSSO FILHO.
É indescritÃvel, maravilhoso, um momento único na vida de qualquer mulher. Foi o momento mágico, que jamais esquecerei. Todos estes anos a lutar pelo meu menino valeram a pena.
Assim que os meus olhos tocaram no MEU FILHO, vi o meu marido em ponto pequeno. Já ninguém me o trocaria! Saberia reconhecê-lo à distância. Levei apenas 5 pontos sem sentir que me estavam a coser. Estive no recobro quase duas horas, onde dei de mamar pela 1ª vez. Outra sensação maravilhosa!
Esta é a minha experiência. Não preciso realçar que cada uma tem a sua. Não há que temer o que é LINDO. Dói? Sim! Mas a recompensa é SUPERIOR. É dificil verbalizar tanta emoção. Ser mãe é um espectáculooooooo!
Gabriela
Rabiscado por Gabriela as 8:37 PM
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